Museu da Electricidade - uma experiência (Testemunho #4)

Já no ano anterior tinha visto um poster deste programa, mas como a formação nesse ano não era compatível com o meu horário da faculdade tive de adiar esta hipótese que muito me apelava quer do ponto de vista pedagógico quer do económico.
No entanto, um ano depois lá voltaram a aparecer os posters e era desta que ia tentar a minha sorte! Desde o início que ponderei sobre o tempo que me iria consumir o estágio ainda por cima existindo a hipótese de não ser seleccionado. No entanto, com a ideia de que tudo se iria arranjar e ter dois colegas que também se iriam inscrever facilitou a decisão.

O processo de selecção com o envio de um curriculum vitae logo na inscrição – algo que não me foi complicado pois já tinha um CV feito e após este me ter permitido ter passado uma 1ª selecção, foi a vez dos testes psicotécnicos. Estes foram uma experiência nova para mim, em que se avaliaram características como personalidade, discussão/defesa/aceitação de opiniões, raciocínio, entre outras. Por fim, este processo terminou com uma entrevista com a psicóloga do IPJ, que através de uma conversa acessível e casual permitiu expor-me enquanto pessoa e (principalmente) candidato ao museu, podendo defender os meus pontos fortes.

Fiquei bastante contente quando soube que tinha sido aceito no programa e aí começaram 3 semanas super interessantes! Estava integrado num grupo de alunos de faculdades como o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências e Tecnologias, o ISCTE e a Faculdade de Farmácia (além da nossa, a de Ciências claro) e o espírito não podia ser melhor! Pessoas que mal se conheciam e que no entanto interagiam bastante, sempre bem-dispostas e com vontade de aprender.

Nessas 3 semanas foi possível aprender sobre os mais variados temas: a história do museu e da electricidade em Portugal; a teoria e história por detrás da electricidade em si; discutir o conceito e ideias inerentes a um museu; reflectir sobre meios de expor informação… E isto tudo através de palestras dadas por pessoal do museu (um engenheiro, um historiador, guias e técnicos do museu) que sempre se mostraram acessíveis e com vontade de nos ensinar e do acompanhamento de visitas guiadas dadas pelos guias da altura, que sempre procuraram integrar-nos no grupo.

Após duas avaliações em que tínhamos de expor a três avaliadores duas partes do museu, não consegui ser seleccionado e assim continuado o estágio. No entanto, fiquei a ganhar em memórias, novos amigos, conhecimentos, uma formação para guia e ainda algum dinheiro (eles dão uma bolsa de apoio durante o estágio)! Muito proveito que mais do que justificou três semanas algo cansativas!

Rodrigo Silva - formando do PEJAME”

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